Uma embarcação semissubmersível — que fica parcialmente submersa na água para evitar ser detectada — foi localizada pela Polícia Federal na comunidade ribeirinha do município de Chaves, na Ilha de Marajó. A descoberta, feita no dia 31 de maio, revelou uma sofisticada operação de tráfico internacional de drogas.
Durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (6), a Marinha do Brasil revelou detalhes sobre o equipamento, que estava em fase final de construção e seria usado para transportar cocaína até a Europa.
Segundo o Comandante Guilherme Barros Moreira, o semissubmersível tem entre 18 e 20 metros de comprimento e pesa cerca de 25 toneladas. O volume de droga que poderia ser transportado varia de acordo com a quantidade de pessoas e a forma como o interior da embarcação seria organizado.
O principal objetivo desse tipo de embarcação é a camuflagem. Por ficar quase toda submersa, ela dificulta a detecção por radares, aeronaves e navios. “Quanto mais submersa, menor a chance de ser detectada”, explicou o comandante.
A investigação teve início após a prisão de cinco homens em Portugal, no início do ano, utilizando um veículo semelhante. A operação contou com tecnologia de ponta, incluindo:
• Imagens de satélite em alta resolução
• Sensores de aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB)
• Inteligência Artificial para mapear movimentações suspeitas
As aeronaves R-99 da FAB identificaram estruturas navais escondidas entre galpões ribeirinhos e movimentações fora do padrão nos rios da região, o que levou ao cerco e à apreensão do equipamento.
O caso acende o alerta sobre o uso da Amazônia como rota do tráfico internacional e a sofisticação dos métodos empregados pelas organizações criminosas.
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