Em cerimônia realizada nesta última terça-feira (28/3), o governador Helder Barbalho condecorou, com a Láurea do Mérito Operacional, 22 policiais civis do Pará que atuaram no planejamento e execução da “Operação Sem Fronteiras”, realizada na quinta-feira (23/3), no Rio de Janeiro. A ação foi deflagrada para dar cumprimento de mandado de prisão e de busca e apreensão contra líderes de uma organização criminosa que atuava nos dois estados.
A AÇÃO
Na ação foi morto em confronto com os policiais Leonardo Costa Araújo, o “Leo 41”. O traficante de 37 anos era apontado como líder da Facção Criminosa Comando Vermelho (CV) no Pará e era o chefe do tráfico de drogas no estado. Ele estava foragido desde 2019.
No ato da entrega, Helder Barbalho reforçou a importância dos resultados positivos da operação, que foram possíveis a partir da integração entre as polícias dos dois estados e os reflexos dela para o país. “Esta missão simboliza a importância da interlocução entre estados do Brasil para o combate à criminalidade. Tivemos um conjunto de ações que nos permitiu ter êxito, o que reforça a competência das nossas instituições policiais e é uma demonstração que o estado, com todos os poderes constituídos, é mais forte no combate à criminalidade”, disse Helder Barbalho.
DELEGADO GERAL
delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende, destacou que o resultado da operação é reflexo dos investimentos feitos pelo governo na área de segurança. “É um momento importante para nossos policiais, que atuaram à frente de muitas etapas desta operação e de forma integrada com as forças do Rio. Essa forma de combate ao crime organizado só é possível a partir dos investimentos feitos pelo governo no estado em todo o sistema de segurança pública”, frisou Walter Resende.
Além dos agentes paraenses, o reconhecimento concedido pelo Governo do Pará também foi estendido a representantes da Polícia Civil e do governo do Rio de Janeiro, que deram todo o apoio necessário para a realização da operação, desde as fases de planejamento até a execução. Mais de 100 policiais dos serviços de Inteligência (Nip PA/RJ), de Operações e Recursos Especiais (Core PA/RJ) e Batalhão de Operações Especiais (Bope/RJ) participaram da ação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo (RJ).
O coordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil do Rio de Janeiro, delegado Fabrício Oliveira, esteve na cerimônia de condecoração e ressaltou o papel dos agentes paraenses durante a operação. “Nossa integração tem sido muito forte nos últimos anos. Sabíamos da importância dessa ação, que foi muito positiva por ter sido realizada em um locais de mais difícil acesso do Rio de Janeiro. Mas tivemos um planejamento muito bem feito e conseguimos surpreender os criminosos”, ressaltou Fabrício Oliveira.
OS ALVOS
Ao final da operação, Além de “Leo 41”, outras 12 pessoas investigadas por associação à organização criminosa morreram em confronto com as polícias. Segundo a polícia, “Leo 41” era líder do CV no Pará e vinha ordenando uma série de ataques a agentes de segurança pública, além de comandar o tráfico de drogas, armas e extorquir comerciantes locais mediante sequestro.
Segundo a investigação, Leo 41 assumiu a chefia da facção no Pará após a prisão de Claudio Augusto Andrade, o Claudinho do Buraco Fundo, em setembro de 2020.
Desde então, de dentro das comunidades do Grande Rio, coordenava um plano de expansão da organização com a compra de armas e munições, financiada por tráfico de drogas, roubo, extorsões, sequestros e cobrança de valores mensais dos integrantes da organização criminosa.