Os direitos das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no trânsito foi o tema principal da ação desenvolvida pelo Departamento de Trânsito do Estado (Detran) de Tucuruí. Realizada na manhã da última terça-feira, 18, a palestra teve como público-alvo os usuários que procuravam atendimento na Estação Cidadania do município. O objetivo foi levar informações e reduzir o preconceito a pessoas com TEA, inclusive no trânsito. A iniciativa foi organizada em conjunto com diversos órgãos, como a Estação Cidadania, Instituto de Defesa, Desenvolvimento e Apoio à Pessoa com Autismo no Sudeste do Pará (Ideasp) e Companhia de Trânsito e Transporte Urbano de Tucuruí, em alusão ao Abril Azul, mês de Conscientização do Autismo.

A chefe da equipe de fiscalização do Detran em Tucuruí, Eliana Ramos, explica que muitas pessoas com o espectro ainda desconhecem os direitos assegurados pela legislação no que se refere ao trânsito. “No Brasil não há restrições legais quanto ao autismo e direção veicular desde que o candidato à carteira de habilitação diagnosticado com TEA seja aprovado e demonstre comportamento seguro ao dirigir durante os testes obrigatórios”, explica a agente.

Além disso, os autistas também têm direito à mobilidade segura com a aquisição de veículos sem impostos e credenciais emitidas pelos órgãos de trânsito para vagas de estacionamento especificas para esse público, dentre outros direitos.

Durante a palestra, os demais órgãos também orientaram sobre como as famílias podem buscar atendimento na área da assistência, assim como os desafios para assegurar o acompanhamento médico e terapêutico multidisciplinar necessário a todos os autistas que residem em Tucuruí.

A programação contou com depoimentos e orientações de servidores da Ciretran (Circunscrição Regional de Trânsito) de Tucuruí que possuem familiares com TEA, como a vistoriadora de veículos, Dhemily Nogueira. “Quando tivemos a suspeita de que nosso filho podia ser autista fomos atrás de ajuda médica e muitas portas se abriram e outras se fecharam, veio um desespero diante de tantas tentativas. Mais do que ajuda, o que as famílias precisam é de acolhimento do poder público”, relatou.

Por: Leidemar Oliveira

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Gazeta do Pará

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