Enquanto o Prefeito Alexandre Siqueira, de Tucuruí, adotou uma medida que trouxe alívio aos moradores da Vila Residencial da Eletronorte ao desapropriar o local e entregá-lo aos seus ocupantes, em Marabá a situação é bem diferente. No dia 26 deste mês, 27 imóveis da Eletronorte serão leiloados na cidade, com valores mínimos que ultrapassam os R$ 200 mil. Essa diferença de abordagem tem gerado polêmica e despertado questionamentos sobre o tratamento dado aos moradores em ambos os municípios.
Desapropriação em Tucuruí: um alívio para os moradores
Em Tucuruí, o Prefeito Alexandre Siqueira tomou a decisão de desapropriar a Vila Residencial da Eletronorte e entregar os imóveis aos moradores. Essa medida trouxe alívio para as famílias que viviam no local, já que muitas delas residiam ali há anos. Com a desapropriação, esses moradores passaram a ter a segurança de que poderiam permanecer em suas casas, agora com a regularização da situação.
Leilão em Marabá: valores mínimos elevados geram incertezas aos moradores que não deverão conseguir comprar suas casas
Em contrapartida, em Marabá, a Eletronorte decidiu leiloar 27 imóveis no dia 26 deste mês. Os valores mínimos estipulados para a venda dos imóveis são consideravelmente altos, com lances iniciais a partir de R$ 210.670,00 para as casas mais simples. Além disso, terrenos de 450 metros quadrados têm lance mínimo de R$ 135 mil. Esses valores têm despertado questionamentos sobre a acessibilidade financeira para os moradores da região e se os mesmos terão condições de adquirir esses imóveis.
Diferenças de abordagem e impactos sociais
As diferentes abordagens adotadas pelos municípios de Tucuruí e Marabá em relação à desapropriação dos imóveis da Eletronorte têm gerado debates acalorados. Enquanto Tucuruí optou por garantir moradia regularizada aos ocupantes, Marabá segue o caminho do leilão, o que pode resultar em uma mudança significativa para as famílias que atualmente residem nesses imóveis.
Além disso, as altas cifras estipuladas para a compra desses imóveis em Marabá levantam questões sobre a gentrificação e o acesso à moradia digna. Moradores de baixa renda podem se ver excluídos desse processo de venda, uma vez que os valores estão acima de suas possibilidades financeiras.
Em Tucuruí, moradores que já estavam há mais de 20 anos nas residências e já tinham investidos centenas de reais em reformas e reconstruções poderiam não ter condições financeiras de continuar em “suas casas”