O caso de exploração sexual e trabalho escravo tomou o noticiário nacional.
Graves Violações:
– Crianças e jovens impedidos de frequentar a escola
– Cartões do Bolsa Família retidos por líderes religiosos
– Trabalho forçado sem remuneração ou direitos
– Castigos corporais com ripas de madeira marcadas com “Disciplina”
– Abusos sexuais contra adolescentes para “virarem boas esposas”
Ação do MPT:
O Ministério Público do Trabalho no Pará entrou com uma ação contra nove líderes da Comunidade Lucas, além de uma empresa e duas associações, por escravizar seus seguidores. A ação pede R$ 5 milhões em indenização por danos morais coletivos e a regularização dos direitos trabalhistas dos membros.
Prisões e Repercussão:
Atualmente, cinco líderes estão presos. “É uma situação que me chocou bastante”, revela Tathiane Menezes Nascimento, procuradora do MPT responsável pelo caso.
Histórico de Abusos:
Fundada há três décadas, a Comunidade Lucas prometia uma vida comunitária, mas praticava violências físicas e psicológicas. Membros trabalhavam sem receber salário, com as atividades classificadas como “voluntárias”.
Depoimento de Ex-Membro:
Levy Sousa do Rosário, ex-membro, relata ter sido submetido a trabalhos forçados, abusos e punições. “Eu fui botado para caçar com arma de fogo desde criança”, conta.
Investigação e Repercussão Nacional:
A investigação começou após denúncia de um bar controlado pela comunidade. O caso ganhou destaque nacional em 2022 após reportagem do Fantástico, da TV Globo.