O cenário político de Limoeiro do Ajuru, município conhecido por suas disputas acirradas, atravessa um momento de grande agitação. Com o afastamento do prefeito Alcides, o presidente da Câmara, Pedro Barra, assumiu o comando interino do município. Ao lado do vereador Zé Pereira, ambos têm liderado a gestão local e mantido a base do governo na câmara, enquanto Alcides continua afastado, buscando na justiça o seu retorno ao cargo e uma eventual reeleição.
Alcides, que se destaca nas pesquisas com uma vantagem de mais de 20% sobre o principal adversário, o candidato do PT professor Fredison, enfrenta um processo que abala a estabilidade política da cidade. Entretanto, seu afastamento criou um vácuo de poder que Pedro Barra e Zé Pereira parecem estar aproveitando com eficiência.
No entanto, nem todos os atores políticos conseguiram se beneficiar dessa reviravolta. Fábio, filho do ex-prefeito Gracides e apontado por muitos como o responsável pelo afastamento de Alcides, viu sua popularidade desmoronar, não alcançando mais de 2% nas intenções de voto. As tentativas de Fábio de se aliar ao PT foram infrutíferas, com rumores nos bastidores indicando uma rejeição a sua aproximação.
O grupo do PT, que poderia ter se fortalecido com o afastamento de Alcides, não conseguiu capitalizar a situação. O partido, que já vinha enfrentando dificuldades, continua enfraquecido e sem perspectivas claras de crescimento no cenário atual.
Em contraste, o grupo político alinhado ao governador Helder, que inclui Pedro Barra (MDB) e Zé Pereira (União Brasil), tem se mostrado mais coeso e promissor. Com a manutenção dos recursos estaduais destinados ao município para a conclusão do hospital municipal e o apoio do Ministro Celso Sabino, que garantiu verbas para a infraestrutura turística local, a dupla se fortalece como potencial sucessora na administração municipal.
O futuro político de Limoeiro do Ajuru ainda é incerto, mas as movimentações e alianças formadas nas próximas semanas serão cruciais para definir os rumos do município.