Dois rins foram captados, o que permitirá que duas vidas sejam salvas com o transplante. A primeira captação na unidade aconteceu em fevereiro deste ano

Antes da realização do procedimento, silêncio total na sala cirúrgica. “Vamos manter um minuto de silêncio em homenagem ao paciente e seus familiares que autorizaram a doação”. Essas foram as palavras da médica cirurgiã Mariana Maurity, antes de iniciar o procedimento de captação dos órgãos. O processo foi conduzido pela Central Estadual de Transplantes do Pará (CET-PA), que está subordinada à Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e ocorreu no Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa (HRBTSR), em Abaetetuba.

“A captação dos rins irão beneficiar dois pacientes renais crônicos em hemodiálise e que aguardam o transplante. A logística para a captação foi muito bem organizada e ajuda o interior do Estado fazer parte do processo”, é o que explica Alfredo Abud, médico e coordenador da CET- PA.

A Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Santa Rosa, composta pelas enfermeiras coordenadoras Ionara Paulina e Lícia Lima e a enfermeira administrativa Rita de Cássia, coordenou o acompanhamento e acolhimento dos familiares. Além disso, participou uma equipe multiprofissional, ambulatorial e médica. Ao todo, os órgãos beneficiarão duas pessoas, que terão a oportunidade de uma vida nova graças a generosidade dos familiares do doador.

“Com esta doação, duas vidas podem ser salvas”, avaliou a enfermeira Lícia Lima, da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT) do Hospital Santa Rosa.

Os enfermeiros, Thiago Dias, Moana Silva e Thamires Silva coordenaram o centro cirúrgico. Os procedimentos de captação dos rins foram realizados pela Central Estadual de Transplantes do Pará (CET-PA), através das médicas Mariana Maurity, Maisa Feitosa e a enfermeira Aline, da equipe de captação de órgãos da Santa Casa de Misericórdia do Pará, acompanhadas de Ierecê Miranda responsável pela Regulação de Órgãos e Tecidos CET-PA. As enfermeiras Ionara Paulina e Rita de Cássia do Hospital Santa Rosa deram também o suporte durante a cirurgia de captação de órgãos.

Homenagens – Como forma de homenagem, a equipe assistencial da unidade hospitalar organizou um ‘corredor humano’ entre a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o Centro Cirúrgico. É uma forma simbólica de expressar gratidão e apoio à família do doador.

Protocolo – A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) protocolou procedimentos rígidos para coleta, transporte e transplante de órgãos. Pacientes que têm um diagnóstico de morte encefálica podem ser doadores. A família é consultada sobre a possibilidade de doação de órgãos no início do processo de captação. É realizada uma série de exames para confirmar o diagnóstico caso concordem. A lei exige que as pessoas sejam informadas sobre a morte encefálica.

Referência – O Hospital Regional Santa Rosa, administrado pela Organização de Saúde Instituto Diretrizes, forneceu toda a estrutura necessária para a realização da cirurgia de captação de órgãos. A unidade hospitalar está se consolidando como líder no processo de coleta de órgãos para transplante na região do Baixo Tocantins.

O Diretor Geral do Hospital Santa Rosa, Claudemir Guimarães, enfatizou: “É muito significativo o ato de quem doa e, em respeito ao doador e seus familiares, o Hospital Santa Rosa tem o compromisso de agir com celeridade para salvar uma ou mais vidas por meio da solidariedade de tantos envolvidos”.

Texto: Wellington Hugles-ASCOM/HRBTSR

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Gazeta do Pará

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