Aneel e Equatorial irão definir o valor do Reajuste Tarifário Anual esta semana
Será discutida esta semana, pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), uma nova correção que vai impactar na tarifa de luz dos paraenses. A mudança acontece devido ao Reajuste Tarifário Anual, em virtude do aniversário de concessão da empresa que administra a energia no Pará, a Equatorial Energia. A previsão é que, pela primeira vez, a perspectiva possa ser positiva para os consumidores paraenses, diferente do que aconteceu em anos anteriores, quando houve aumento.
Todos os anos, no período em que marca a data de concessão da empresa que opera a energia de um estado, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza a correção no preço estabelecido para a tarifa de luz daquela região. No caso do Pará, o reajuste acontece em cada mês de agosto. O intuito, segundo o Ministério de Minas e Energia, é repassar os custos não gerenciáveis e atualizar monetariamente os custos gerenciáveis.Nos últimos cinco anos, conforme informações apuradas no portal da Equatorial, todos os reajustes foram favoráveis à elevação da tarifa: 0,69% (2019); 2,68% (2020); 9,01% (2021); 15,12% (2022); 11,07% (2023). Mas, isso pode mudar este ano, a depender do que será definido pela diretoria colegiada da Aneel nesta terça-feira (06).
O paraense Carlindo Lins é consultor de energia e analisa que, pela primeira vez desde o início das atividades da concessionária no Pará, as expectativas são positivas para os usuários. “A tendência, pelo que está acontecendo no país todo, é que o cenário seja favorável para os consumidores e para o estado do Pará”, diz.Caso seja apresentada e aprovada uma redução na tarifa, o especialista explica que isso pode impactar de forma significativa na economia do estado, uma vez que – além do consumo nas residências – a indústria acaba repassando o preço pago com a tarifa a todos os itens que necessitam utilizar eletricidade na produção. “Vai dar uma folga, você vai passar a gastar menos se mantiver o mesmo consumo porque a tarifa vai ser menor”, avalia.