Arthur chegou à unidade de saúde com várias lesões. Médicos desconfiaram e chamaram a polícia. Laudo aponta que ele sofreu traumatismo craniano.
A Polícia Civil do RJ investiga a morte de um bebê de 11 meses que deu entrada na última terça-feira (28) na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Maré, com lesões pelo corpo.
Segundo a polícia, Arthur Victor dos Santos chegou à unidade de saúde após uma parada cardiorrespiratória e com trauma cranioencefálico.
O padrasto do menino e a mãe foram presos em flagrante. Os dois vão responder por homicídio qualificado, cuja pena pode ultrapassar 30 anos.
De acordo com a unidade de saúde, ao levar a criança para atendimento, o padrasto, identificado como Sidney da Silva Ferreira, de 20, disse que a criança havia caído da cama e batido a cabeça. Apesar de todos os esforços da equipe médica, a criança não resistiu aos ferimentos.
O corpo foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML) do Centro do Rio para perícia. No local, um perito desconfiou — já que o corpo da criança tinha sinais de violência — e acionou a 21ª DP (Bonsucesso). A partir daí, a delegacia começou a investigar o caso como morte suspeita.
O laudo apontou que a causa da morte foi traumatismo craniano provocado por ação contundente, com hemorragia e edema cerebral.
Na delegacia, Sidney deu outra versão para o caso. Ele disse que caiu sobre o bebê quando descia uma escada. O celular, segundo ele, quebrou na queda. Entretanto, de acordo com a polícia, Sidney não apresenta nenhuma lesão pelo corpo.
Para a polícia, a criança vinha sofrendo agressões do padrasto.
Além de Arthur, a mãe domenino tem outra filha de 2 anos e está grávida de Sidney.