O projeto Cine Pipoca tem o objetivo terapêutico de reduzir o estresse da hospitalização, aprimorando a rotina dos pacientes e contribuindo para a qualidade de vida no hospital

Não é frequente entrar em um hospital e encontrar pacientes assistindo à exibição de um filme. No entanto, iniciativas como essa se concretizam no Hospital Regional do Baixo Tocantins Santa Rosa (HRBTSR), localizado em Abaetetuba. O projeto Cine Pipoca, desenvolvido pelo setor de Humanização em colaboração com a equipe assistencial, foi criado pela equipe multiprofissional da hemodiálise e visa proporcionar a exibição de filmes aos pacientes internados por períodos mais extensos na casa de saúde.

A sessão de cinema ocorreu nesta segunda-feira, 17/02, com a exibição do filme “Minha mãe é uma peça 2”. Isso proporcionou momentos de muitos sorrisos, que quebram a rotina diária dos pacientes e seus acompanhantes, contribuindo de forma positiva para o tratamento. O projeto tem o objetivo terapêutico de reduzir o estresse da hospitalização, aprimorando a rotina dos pacientes e contribuindo para a qualidade de vida no hospital. Além disso, proporciona um ambiente hospitalar com um atendimento humanizado, focado no bem-estar dos pacientes e seus acompanhantes.

A meta principal é promover a saída do paciente do leito, removê-lo do quarto e possibilitar sua socialização com os demais. “Incentivamos a participação na exibição dos filmes para todos os pacientes que possuem capacidade e vontade de deixar o quarto. A ação assegurará resultados favoráveis, já que os pacientes presentes na primeira sessão demonstraram felicidade e expressaram a experiência positiva no relacionamento com os demais pacientes”, destacou Aline Souza, coordenadora do Setor de Gestão de Pessoas e Humanização do Hospital Santa Rosa.

A coordenadora também mencionou que a hospitalização ocorre devido à necessidade do paciente de tratamento para restabelecer sua saúde. No entanto, algumas características do ambiente hospitalar, tais como as rotinas, o período de internação, os procedimentos e o distanciamento social e familiar, podem representar desafios ao tratamento. “Assim, as sessões de cinema têm o potencial de mudar a rotina diária e proporcionar um ambiente de relaxamento, reflexão, controle do estresse, redução da ansiedade, estímulo à comunicação e interação entre pacientes e seus familiares presentes”, acrescentou.

Objetivos:

Os filmes apresentados não são selecionados de forma aleatória. De acordo com a equipe multiprofissional, o objetivo é oferecer histórias de alegria, superação e enfrentamento, que possam estar relacionadas ao período vivido pelo paciente no hospital, seja por conta da hospitalização ou do aparecimento da enfermidade, fomentando a comunicação entre pacientes e seus familiares.

A equipe preparou a sala para a apresentação das sessões de cinema, oferecendo mais conforto e uma melhor visualização dos filmes. “Nesta sessão inovadora, conseguimos congregar um grande número de pacientes.” Pedro Henrique Carrias, coordenador do Setor de Enfermagem do Hospital Santa Rosa, conta que havia pacientes que estavam prostrados e com dor, mas que, ao serem convidados para a sessão de cine pipoca, aceitaram participar e ficaram contentes com a atividade cultural.

“Foi um ótimo instante.” “Gostei muito e fiquei até mais contente depois de assistir”, declara Robson Almeida Lima, 53 anos, que está hospitalizado na clínica médica.

A irmã de Robson, Renata Lima, que o acompanha, afirma a alteração no estado de espírito do irmão, que anteriormente se mostrava ansioso e inquieto. “Notei a evolução dele, pois minha filha o visitou e relatou que ele estava ansioso, triste e com lágrimas nos olhos.” Depois disso, ao chegar, ele já estava contente, pois tinha visto o filme. “Ele está muito contente e falando do filme com o sorriso largo, acredito que o seu estado psicológico melhorou, devido ao longo período no hospital”, afirmou.

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Gazeta do Pará

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