Uma descoberta recente está chamando atenção da comunidade científica e de quem luta contra o HIV: o lenacapavir, novo remédio considerado revolucionário na prevenção da doença, pode ter uma versão genérica mil vezes mais barata que o valor atual.

Segundo estudo publicado na revista The Lancet, o medicamento, hoje vendido por até R$ 241 mil ao ano, poderia custar entre R$ 135 e R$ 253 caso fosse produzido por outros laboratórios.

O lenacapavir é a nova geração de PrEP (profilaxia pré-exposição) contra o HIV. Com 99,9% de eficácia e aplicação apenas duas vezes ao ano, ele representa um enorme avanço frente aos comprimidos diários hoje distribuídos pelo SUS.

Mas por que o acesso ainda é tão difícil?

Apesar de sua eficácia e potencial acessibilidade, barreiras regulatórias, acordos comerciais e a concentração da tecnologia nas mãos de poucos fabricantes impedem que a versão genérica seja amplamente produzida — especialmente em países de renda média, onde se concentra a maior parte das novas infecções por HIV.

A fabricação exige domínio da fórmula química, matérias-primas vindas principalmente da Índia e da China, e rigorosos padrões de qualidade internacionais.

Impacto ambiental menor: O novo remédio também reduz o consumo de insumos, embalagens e transporte, diminuindo a pegada de carbono do tratamento em larga escala.

Especialistas como o infectologista Paulo Abrão, da Unifesp, destacam: “É uma inovação em segurança e eficácia”.

O desafio agora é romper as barreiras para tornar esse avanço acessível a quem mais precisa. O Brasil e o mundo seguem na luta por equidade no acesso à saúde!

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Gazeta do Pará

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