A Polícia Militar do Pará determinou o afastamento dos policiais militares que estavam presentes na ocorrência que resultou na trágica morte do Cabo Edileno Américo Viana, de 36 anos, em Cametá, região nordeste do estado. O caso tem gerado grande comoção e levantado questionamentos sobre possíveis irregularidades e encobrimentos, levando a população a exigir justiça.
O crime ocorreu em um trapiche da Associação de Pescadores (APAMUC) na tarde de terça-feira (20/06/23), durante uma ocorrência após um assalto realizado por dois criminosos na Rua 24 de Outubro, no bairro de São Benedito. O Cabo Américo foi atingido por um tiro na nuca, proveniente de uma pistola de calibre .40 mm, conforme identificado em laudo pericial. Apesar dos esforços dos colegas para socorrê-lo, o soldado não resistiu aos ferimentos e faleceu a caminho do Hospital Regional de Cametá (HRC).
Suspeitas de irregularidades:
Desde o ocorrido, surgiram comentários e áudios circulando em grupos de redes sociais, levantando suspeitas de possíveis tentativas de fraudes processuais, intimidação de testemunhas e uma suposta movimentação de oficiais da Polícia Militar para encobrir o caso. Essas alegações têm alimentado a revolta da população, que se mobiliza em busca de justiça e verdade.
Mobilização das entidades e órgãos de defesa:
O Advogado Marcos Brazão, primo do Cabo Américo e representante legal da família, está atuando como assistente de acusação no caso. Ele afirma que a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o Ministério Público Militar e outras entidades e órgãos de defesa dos Direitos Humanos já estão sendo mobilizados para acompanhar o desdobramento das investigações.
O afastamento dos policiais militares envolvidos na ocorrência que culminou na morte do Cabo Américo é uma medida importante para garantir a transparência e imparcialidade nas investigações. A população de Cametá segue revoltada com o ocorrido e está determinada em cobrar a responsabilização dos envolvidos.