O peixe possui uma neurotoxina potente, que se não for tratada adequadamente na hora do preparo, pode levar a morte
A Polícia Civil investiga a morte de três pessoas da mesma família por suposta ingestão de baiacu, em Salinópolis, no nordeste do Pará. O caso é apurado pela delegacia que atende o município. Segundo a PC, perícias foram solicitadas e testemunhas serão ouvidas para auxiliar no trabalho investigativo.
Dessas três vítimas, duas deram entrada no Hospital Regional de Salinópolis, com sinais de insuficiência cardíaca intensa. Apenas um entre os três pacientes sobreviveu. O estado de saúde desta quarta pessoa, que continua internada, não foi revelado até o momento. A última vítima morreu em casa. O corpo dela foi removido pela Polícia Científica. Exames devem ser realizados para determinar a causa da morte e verificar se, de fato, as três mortes foram provocadas pela ingestão de baiacu.
A redação integrada de O Liberal solicitou um posicionamento da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Por meio de nota, a pasta informou que “três pacientes deram entrada no Hospital Regional de Salinópolis apresentando insuficiência cardíaca intensa”. “Dois dos pacientes morreram, e o terceiro está internado. A Polícia Científica do Pará foi acionada para a remoção de um corpo de uma pessoa da mesma família, que morreu em casa. A Polícia Civil investiga as causas das três mortes”, comunicou a Sespa. Procurada, a Prefeitura de Salinópolis ainda não se manifestou sobre o caso.
Entenda o perigoO baiacu é considerado o segundo vertebrado mais venenoso do planeta. Para o consumo humano, são considerados perigosos devido à toxicidade das vísceras, a tetrodotoxina, uma neurotoxina potente.
Os acidentes, geralmente, acontecem pela falta de cuidado na hora do preparo do peixe. Para que isso não acontece, é necessário fazer uma limpeza detalhada para evitar casos de envenenamento.