Pesquisas de boca de urna, que são proibidas no país, divergem em relação ao vencedor com uma ampla diferença de porcentagem
Menos de duas horas após o encerramento da votação, representantes da oposição e do governo venezuelano indicaram publicamente uma vitória do seu campo político. Nesta eleição histórica, que pode pôr fim a 25 anos de chavismo, o presidente Nicolás Maduro busca de um terceiro mandato contra o diplomata Edmundo González, principal nome da oposição que substituiu a líder María Corina Machado, impedida de concorrer pela Justiça, na coalizão Plataforma Unitária.
Em uma coletiva de imprensa, a oposição manifestou otimismo quanto a uma possível vitória. Segundo María Corina, a oposição já está recebendo boletins de votos de algumas seções eleitorais e houve um recorde de comparecimento em todos os estados, sem apresentar provas disso. Ao seu lado, González expressou satisfação com as projeções.
— Estamos mais do que satisfeitos com as expectativas que temos em relação aos resultados — disse o presidenciável. — Tivemos uma jornada de participação em massa, jamais vista nos últimos anos.
Por outro lado, o chefe da campanha chavista, Jorge Rodríguez, deixou claro o clima de vitória nas fileiras do governo.
— Não podemos anunciar os resultados, mas podemos mostrar nossa cara — disse, com um largo sorriso. — Pacientemente esperaremos o boletim do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), mas imediatamente após ser emitido o boletim, nós os esperaremos onde vocês sabem para encontrar quem vocês conhecem (apontou para o boné com o símbolo de “Gallo Pinto”, usado pela campanha de Maduro).