Tuíre Kayapó, uma das lideranças indígenas mais conhecidas do Pará, morreu neste sábado (10), aos 54 anos. A morte foi confirmada pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Kayapó do Pará. A causa da morte teria sido complicações decorrentes de um quadro de câncer no colo do útero.

Tuíre ganhou notoriedade nacional e internacional após um episódio ocorrido no ano de 1989, quando ela tinha apenas 18 anos.

Durante o 1º Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, Tuíre ameaçou o então presidente da Eletronorte, José Antônio Muniz Lopes, com um facão, chegando a encostar a lâmina no rosto do gestor. Na época, discutia-se a construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no leito do rio Xingu, no Pará.

Diante da repercussão mundial, o projeto da hidrelétrica no Rio Xingu acabou adiado por tempo indeterminado. Ao todo, a suspensão durou 22 anos até que, em 2011, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) concedeu a licença para que a construção da usina fosse iniciada na região entre os municípios de Altamira e Vitória do Xingu, sendo inaugurada em 2016.

Diante da morte de Tuíre Kayapó, a Federação dos Povos Indígenas do Pará (Fepipa) divulgou uma nota de pesar onde destacou o legado de luta pelos direitos indígenas deixado por Tuíre. “Sua passagem para outra dimensão nos deixa um vazio imenso, mas também uma responsabilidade ainda maior de continuar sua luta. Seguiremos firmes com a força e o exemplo que você nos deixou, Tuíre”, disse a entidade.

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Gazeta do Pará

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