No SUS (Sistema Único de Saúde), o número de inserções em 2023 cresceu 43,6% em relação a 2022

uso do DIU (Dispositivo Intrauterino) aumentou entre as brasileiras nos últimos cinco anos. As colocações por plano de saúde subiram em 47% entre 2019 e 2023, de acordo com dados da ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar). No SUS (Sistema Único de Saúde), o número de inserções chegou a 164,4 mil em 2023, um aumento de 43,6% em relação a 2022, diz o Ministério da Saúde.

Mesmo assim, médicos ouvidos pela Folha relatam hesitação sobre o método por parte de algumas pacientes que apontam o medo da dor como uma das principais causas. Já relatos por parte de mulheres que colocaram o dispositivo são mistos.

Nos Estados Unidos, vídeos de reações das pacientes durante o procedimento viralizaram nas redes sociais, muitos mostrando experiências dolorosas. O Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país atualizou suas recomendações para médicos neste mês, mencionando o uso de anestesia local para amenizar a dor.

A influenciadora e biomédica esteta brasileira Camila Morikawa, 24, postou sua reação sobre a experiência. No vídeo, ela aparece chorando e relata que sua pressão caiu durante o procedimento. “Na hora que eu deitei na maca, minha perna tremia”, contou à Folha. “Foi muito triste, foi bem dolorido. Na hora que a médica colocou o pontinho de anestesia doeu um pouquinho a picadinha da agulha, mas na hora que ela introduziu o DIU, nossa senhora!” Mesmo assim, ela diz que recomendaria a colocação.

A colocação DIU é considerada um procedimento invasivo por penetrar uma cavidade do organismo. Ela pode ser feita em consultório, com ou sem anestesia local, ou com sedação no hospital. O procedimento hospitalar é oferecido apenas na rede privada.

O dispositivo com o formato da letra T ou de ferradura é inserido dentro do útero e tem duração de cinco a dez anos, com uma eficácia de 98% a 99%. Na rede pública de saúde, é mais comum encontrar DIUs de cobre, ou cobre e prata. No privado, são comuns também os SIUs (sistemas intrauterinos), conhecidos como DIUs hormonais, Mirena e Kyleena.

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Gazeta do Pará

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