Briga entre torcidas do Palmeiras e Cruzeiro resulta em morte e feridos. Ministério Público de São Paulo considera a Mancha Verde como organização criminosa
procurador-geral de Justiça de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, determinou que o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) participe das investigações da briga que envolveu 120 integrantes da Mancha Verde e da Máfia Azul -torcedores do Palmeiras e do Cruzeiro, respectivamente. Um homem de 30 anos morreu e 20 pessoas ficaram feridas, segundo a PRF (Polícia Rodoviária Federal).
O Ministério Público de São Paulo passou a considerar a torcida envolvida em confusão como organização criminosa. Em nota, o órgão chamou o ataque de “selvageria”. “Tal episódio é inaceitável e representa uma grave afronta à segurança pública e à convivência pacífica em nossa sociedade”.
Por volta das 5h do último domingo (27), o ônibus da Máfia Azul foi interceptado por integrantes da Mancha Verde.
O episódio, que ocorreu no sentido Belo Horizonte da rodovia Fernão Dias, altura, do km 65, em Mairiporã, região metropolitana de São Paulo, foi um revide a um confronto entre eles, em setembro de 2022, na mesma rodovia, mas em solo mineiro. Naquela ocasião, entre os agredidos estava o atual presidente da Mancha, Jorge Luis.
A torcida do Cruzeiro voltava de um jogo contra o Athletico Paranaense, em Curitiba. O Palmeiras havia jogado contra o Fortaleza, na capital paulista.
Em nota, o Cruzeiro lamentou o episódio de violência entre torcedores. “Não há mais espaço para violência no futebol, um esporte que une paixões e multidões. Precisamos dar um basta a esses atos criminosos”, afirma.
A Máfia Azul colocou um laço na cor preta em seu perfil no Instagram. Abaixo, os dizeres: “Ideologia é para poucos. Nunca foi para ‘porcús’. Perca com honra, mas não perca com covardia. O choro da mãe do seu rival não traz a alegria da sua.”