Dr João Batista Mafra, médico de 76 anos, com décadas de serviços prestados na cidade vinculado a uma clínica particular, foi preso na tarde deste sábado, 11, em flagrante e autuado pelo crime de violência sexual mediante fraude, no município de Tucuruí, região sudeste do Estado. Segundo a Polícia Civil, a vítima, grávida de nove meses, fazia acompanhamento pré-natal e procurou a Seccional Urbana para denunciar o caso.
“A genitora, preocupada com a gestação, procurou atendimento médico em uma rede hospitalar particular de Tucuruí. Durante a consulta com o médico, ela foi informada de que o bebê estava bem e não precisava se preocupar. Em seguida, o suspeito pegou uma pomada e, sem o consentimento da vítima, passou a mão nas partes íntimas da mulher e, após, informou que iria fazer um procedimento. A ação criminos consistiu em atos libidinosos que envolviam toques genitais e conjunção carnal sem o seu consentimento. De imediato, a paciente, após sair da unidade de saúde, procurou a Polícia Civil e denunciou o caso”, relatou o delegado Thiago Mendes, da Superintendência do Lago de Tucuruí.
Após tomarem conhecimento do crime, os policiais plantonistas iniciaram as diligências para localizar e prender o suspeito em sua residência. Durante os procedimentos na unidade policial, o homem recebeu voz de prisão e encontra-se à disposição da Justiça.
O mesmo deverá passar por audiência de custódia ainda hoje e deve ser encaminhado ao presídio de Tucuruí.
A vítima será acompanhada por equipe multidisciplinar. Também foram requisitados exames sexológicos para coleta de indícios do crime.
O crime está previsto no artigo 215 do Código Penal. Esse artigo diz que é crime: Ter conjunção carnal ou praticar outro ato libidinoso com alguém, mediante fraude ou outro meio que impeça ou dificulte a livre manifestação de vontade da vítima. A pena é de reclusão, de dois a seis anos.
Porém o caso pode ser mais grave e ser caracterizado como estupro de vulnerável onde a pena chega a 15 anos.
Denúncias – A Polícia Civil reforça que, qualquer tipo de violência ou abuso contra a mulher, pode ser denunciado por meio 190 do Ciop, o canal do Disque-Denúncia, pelo número 181, ou pelo aplicativo WhatsApp da Iara, pelo número 91 98115-9181. Além disso, as denúncias também podem ser feitas diretamente nas delegacias especializadas no atendimento à Mulher (DEAMS) ou em qualquer unidade policial.
Outras possíveis vítimas do médico podem procurar a polícia.
(Fonte: Agência Pará)